Raimundo Paiva Nobrega instala encosto
Não ficou bem melhor assim?
O início de nossa experimentação: bancos bem simples
Fique à vontade, pode sentar!
Parece mentira, mas a cidade de São Paulo tem pouquíssimos locais para fazer uma pausa, para acolher uma mãe cansada de carregar sua criança no colo, para observar. Na avenida mais famosa da cidade, a Paulista, não há um único banco entre a Consolação e o Paraíso. Ou melhor, não havia, porque o Boa Praça montou um, pertinho do MASP, em 2014!
Nossa procura por melhorar o mobiliário da cidade vem de longe…
Em 2010, durante um Curso de Formação de Agentes Sócio Ambientais que ministramos, instalamos alguns bancos bem simples na Praça Amadeu Decome, na Lapa. Feitos com três pedaços de madeira, pensamos que eles, em poucos dias, virariam fogueira. Mas não é que duraram vários anos? Isso nos fez acreditar que, quando um equipamento faz sentido e possibilita o uso, a população o preserva.
No ano seguinte, tentamos melhorar os bancos que a prefeitura instalou por todo canto, de concreto ondulado. Afinal de contas, aquelas curvas – feitas para prevenir que as pessoas se deitem e quem sabe durmam ali –, só conseguem garantir uma coisa: que ninguém fique confortável. Um dos integrantes do Movimento Boa Praça, o engenheiro Raimundo Paiva Nobrega, bolou então um jeito de fixar, na estrutura ondulada, assento e encosto. Não ficou bem mais legal?
Desde então, mais de 60 bancos foram espalhados pela cidade. A madeira para a maioria deles foi reaproveitada de caçambas ou conseguida com doações. Hoje, esses bancos estão em diversas praças e em locais de grande circulação que não oferecem nenhum conforto à população, como na entrada do Hospital das Clínicas e no Largo da Batata.
Sente, faça uma pausa: a cidade é sua!
Não ficou bem melhor assim?
O início de nossa experimentação: bancos bem simples