Brincadeira na nova área livre da praça Paulo Schiesari
Um dos desenhos das crianças, com seus sonhos para a praça
A nova praça, durante a reforma
Horta da nova Praça Antonio Resk
Reportagem conta como a vizinhança conseguiu a reforma que queria
O baldio que virou praça
Uma praça com brinquedos quebrados e areia suja, em frente a um terreno baldio, lotado de entulho e lixo. Essa era a situação da praça Paulo Schiesari, que foi construída nos anos 1980, como contrapartida exigida pela prefeitura à empreiteira que levantou um condomínio de prédios, na Vila Anglo Brasileira, em SP.
Voltada para os edifícios, a praça tinha uma única entrada, bem em frente às torres. Não à toa, era conhecida como “a praça do prédio”.
O Movimento Boa Praça começou a promover piqueniques comunitários ali em 2010, para ocupar o lugar, limpá-lo, e iniciou um diagnóstico, perguntando às pessoas quais eram seus desejos para aqueles espaços, como os utilizavam e por que.
A Escola Estadual Prof. Mauro de Oliveira, que fica em frente, foi convidada a realizar oficinas de redação e desenhos com as crianças, tendo como tema “A Praça dos meus Sonhos”.
Respostas surpreendentes apareceram. Algumas crianças pediram, por exemplo, “mesinhas para estudar e fazer a lição na praça”, porque suas casas eram muito apertadas e barulhentas. O Movimento Boa Praça conduziu também uma série de oficinas, na própria praça, nas quais os moradores foram convidados a pensar e construir, com massinha, papel e sucata, em uma grande maquete, onde ficaria cada coisa desejada.
A partir dessas respostas e do diagnóstico com a vizinhança, os trabalhos ganharam um norte. O lugar carecia de uma reforma e aquele terreno baldio abandonado tinha de virar algo melhor.
Com a ajuda de um arquiteto voluntário, Eduardo Martini, os desenhos, maquetes, redações e desejos viraram um projeto arquitetônico. Ao Edu, nossa gratidão, sempre.
Com uma emenda parlamentar, a subprefeitura fez a licitação e uma empreiteira realizou a obra, que acompanhamos com atenção. Como a praça tinha dois parquinhos, ambos mal conservados, o patamar de baixo ganhou mesinhas e um espaço livre para usos variados. O terreno abandonado, em frente à praça, foi transformado numa praça nova: a Praça Antonio Resk. Em 2013, foi iniciada ali a Horta Comunitária da Vila Anglo. Hoje temos manjericão, alecrim e outros temperos e verduras para colher.
Um dos desenhos das crianças, com seus sonhos para a praça
A nova praça, durante a reforma
Horta da nova Praça Antonio Resk
Reportagem conta como a vizinhança conseguiu a reforma que queria